Anna Kendrick diz que ‘Woman of the Hour’ é seu filme ‘mais revelador’ de todos os tempos

Depois de deixar um ex tóxico, todos se esforçam para encontrar maneiras de se curar. Anna Kendrick faz isso por meio de seus filmes — e de uma forma comovente de partir o coração. Sua mais recente incursão na compreensão de seu próprio trauma vem em sua estreia na direção, o suspense Woman of the Hour (estreia em 18 de outubro na Netflix).

O filme é baseado na história real do serial killer dos anos 1970 Rodney Alcala, um fotógrafo que passou anos agredindo meninas, meninos e mulheres impunemente.

Kendrick, que também estrela, interpreta Sheryl, uma aspirante a atriz que é escalada para contracenar com Alcala em um episódio do game show de TV The Dating Game.

Sua personagem é baseada em uma pessoa real chamada Cheryl Bradshaw, que ganhou um encontro com Alcala — um solteiro de destaque no programa, embora ele já tivesse cumprido uma breve pena na prisão por abuso sexual de crianças.

“Havia algo no roteiro que parecia muito pessoal para mim”, Kendrick me conta em uma entrevista pelo Zoom de sua casa em Los Angeles no final de setembro.

Kendrick diz que ultimamente tem se sentido atraída por histórias sombrias centradas em homens que estão "muito doentes" e as repercussões de suas ações em todos ao seu redor.

Ela se identifica especialmente com os sentimentos de vergonha que as vítimas de abuso vivenciam — algo que ela busca confrontar, e até mesmo corrigir, por meio de sua personagem.

A versão de Kendrick de Sheryl luta para navegar no sexismo dos diretores de elenco de Hollywood dos anos 1970, mas abandona sua personalidade muito agradável quando aparece em The Dating Game, apoiando-se em seu eu autêntico com inteligência e o humor rápido e falante característico de Kendrick.

O filme equilibra perfeitamente comédia e suspense por meio de Sheryl, que navega pelo mundo tentando agradar a todos de maneiras que às vezes são ridiculamente ridículas ou dolorosamente familiares.